Adorar em espírito e verdade anula o Sábado?

Maestro Paulo Torres - O sábado na vida de um músico profissional

Alguns argumentam: "Será que Deus realmente olha para determinado grupo que se reune em Espirito e em Verdade para O adorar e diz: - Hum...esse povo está fazendo tudo errado, hoje não é dia pra isso, será que eles não sabem que é amanhã..ou ontem..?"

A pergunta a ser feita não é se Deus aceita o que fazemos para Ele, mas se fazemos o que Ele espera de nós.

Adão e Eva só comeram uma fruta qualquer, mas foi a fruta que Ele não havia pedido para comer. Moisés apenas bateu na rocha. O povo de Israel só quis adorar a Jeová por meio da figura de um bezerro. Uzá só quis preservar a arca. Saul só preservou alguns animais para sacrifício. O jovem rico só quis preservar algumas propriedades de família. Ananias e Safira guardaram um pouco de dinheiro para si. Os católicos só querem adorar a Deus de forma vísivel e recorrer à ajuda de alguns cristãos piedosos. Os espíritas só querem confortar pessoas tristes com mensagens dos entes queridos falecidos. Mas não foi o que Deus pediu em nenhum dos casos.

Da mesma maneira, as pessoas só querem guardar um dia diferente ou nenhum, ou todos. Mas não foi o que Deus pediu em Seus mandamentos.

Se a expressão "em espírito e em verdade" significa que podemos adorá-lO segundo as nossas preferências desde que sinceramente, por que anunciamos o Evangelho?

E se os católicos e muçulmanos adoram a Deus "em espírito e em verdade" mais do que nós?

Por que os mártires cristãos morriam por se recusarem oferecer incenso aos deuses pagãos, se eles poderiam apenas não adorar estes deuses "em espírito e em verdade"?

Por que nosso herói Lutero se deu ao trabalho de pôr-se contra o mundo de seus dias se estes poderiam adorar a Deus "em espírito e em verdade" tanto no catolicismo quanto no protestantismo?

Para que os batistas primitivos tiveram de morrer "batizados" (isto é, afogados na água) se os católicos e protestantes de sua época poderiam adoram a Deus "em espírito e em verdade" batizados ou não por imersão?

A guarda de um dia é um dever moral mais comum e mais sério do que muita gente pensa. Todas as religiões monoteístas estabelecem a guarda de um dia semanal de descanso e adoração. Os muçulmanos guardam a sexta-feira; a maioria dos cristãos guarda o domingo; os judeus e alguns cristãos (como os adventistas e os batistas do sétimo dia) guardam o sábado.

A popular idéia de que podemos guardar qualquer dia que nos convier ou não guardar nenhum é algo bastante recente (menos de 100 anos) na história da igreja cristã (2000 anos). Permitam-me ser mais incisivo: é uma das idéias modernas ensinadas pelas igrejas ao gosto do freguês, que abandonaram o claro "Assim diz o Senhor" em favor de heresias e enganos que lotam templos e iludem pessoas.

Pesquisem as confissões doutrinárias das igrejas sérias ou as obras de grandes gigantes espirituais como Lutero, Calvino, John Wesley, Spurgeon e Billy Graham e nada encontraremos desta idéia tão estapafúrdia. À luz da Palavra de Deus e da história do protestantismo, um cristão que não guarda dia nenhum está pecando contra o quarto dos Dez Mandamentos.


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