Os cristãos precisam guardar o Sábado?

Quarteto Está Escrito - Descanso para o Coração

O ensino de ambos os Testamentos aponta para a obrigatoriedade universal da guarda do sétimo dia como o sábado, o dia bíblico especialmente reservado para descanso e adoração. Embora seja associado pela maioria dos cristãos aos judeus (limitando assim a aplicação do mandamento), o ensino da Palavra de Deus aponta para sua guarda também pelos cristãos:

A) sua origem e instituição, ao final da semana da criação (Gên. 2:1-3), data de 2500 anos antes da existência de Abraão — o patriarca de cuja descendência se forma o povo judeu;

B) sua posição como um dos Dez Mandamentos o iguala a preceitos morais como a proibição da idolatria e a interdição do adultério (Êxo. 20:1-17), válidos assim para todos os homens e épocas;

C) as profecias de Isaías predizem que o sábado seria guardado pelos gentios na era messiânica (cap. 56:1-7) e no Céu por todos os salvos (66:22-23);

D) o costume de Jesus (Luc. 4:16), Suas instruções para a destruição de Jerusalém (Mat. 24:20), Suas obras de cura no dia santo e disputas com os fariseus (Mat. 12:1-14; Mar.1:21-34; Luc. 13:10-17; 14:1-6; João 5:1-15; 9:1-41) mostram COMO guardar o sábado, não SE ou QUANDO guardar o sábado;

E) os primeiros cristãos repousavam no sábado, como mostra o historiador Lucas ao relatar a experiência das mulheres na semana santa (Luc. 23:54—24:1) e do apóstolo Paulo (Atos 13:14, 42-44; 17:1-3; 18:1-4), que ao fim da vida disse nunca ter transgredido os costumes judaicos (Atos 25:6-8; 28:16-17).

F) a completa omissão de qualquer controvérsia sobre o sábado nas disputas entre judeus e gentios em Atos e nas cartas de Paulo mostra a evidência da guarda do sábado pelos cristãos no tempo apostólico.

A guarda do domingo e a adoração com imagens provém da mesma fonte: não a Palavra de Deus, mas a mescla de cristianismo e paganismo que resultou no sistema católico romano. Catecismos e livros católicos anteriores ao Concílio Vaticano II atestam com todas as letras que a mudança do dia de adoração foi feita pela autoridade da Igreja Católica, não pelo mandamento neo-testamentário.

Nosso herói Lutero dizia, e corretamente, que as Sagradas Escrituras, e não a tradição da Igreja, representavam o guia de sua vida. Mas John Eck, um dos mais destacados defensores da fé católica romana, atacou Lutero no ponto-chave da Reforma: o sola scriptura – “a Bíblia e a Bíblia somente”. Reivindicando que a autoridade da Igreja se encontrava acima da das Escrituras, John Eck desafiou Lutero no tocante à observância do domingo em lugar do sábado. Disse Eck:

“As Escrituras ensinam: ‘Lembra-te do dia de sábado para o santificar; seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus’, etc. Entretanto, a Igreja mudou o sábado para o domingo com base em sua própria autoridade, e para isto você [Lutero] não tem Escritura.” John Eck, Enchiridion of Commonplaces Against Luther and Other Enemies of the Church, tradução de Ford L. Battles, 3a edição (Grand Rapids: Baker, 1979), pág. 13.


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